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VÍDEO: conheça a associação que auxilia o Arquivo Histórico de Santa Maria

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)
Há 9 anos, a professora Clara Marli Kurtz se dedica, voluntariamente, à Associação dos Amigos do Arquivo Histórico Municipal

Próximo à esquina da Rua Appel com a Avenida Presidente Vargas, está localizado o prédio que guarda a memória da Cidade Cultura. O Arquivo Histórico Municipal de Santa Maria (AHMSM) é o guardião do acervo que registra o passado do município. Nele, há fotografias, livros e documentos. Entre itens raros, destaca-se o acervo completo com todas as publicações do jornal A Razão, assim como o arquivo completo de fotografias da empresa, que possui mais de 1 milhão de imagens.

Porém, para cuidar de artigos tão valiosos, a equipe do AHMSM tem o auxílio, desde 2010, da Associação dos Amigos do Arquivo Histórico Municipal de Santa Maria (Amarqhist), que conta com 110 associados. O grupo se reúne para organizar eventos no AHMSM, comprar equipamentos e mobiliários que o local necessita, além de encaminhar, como produtor cultural, o projeto da Lei de Incentivo à Cultura (LIC), que contempla a instituição.

Entre os amigos do Arquivo Histórico, está a professora aposentada Clara Marli Kurtz, 68 anos, uma das fundadoras do grupo. Formada na primeira turma de Arquivologia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em 1979, ela carrega a paixão pela preservação da história há muitos anos. Atualmente, Clara, de forma voluntária, dedica-se à atividade de secretária da associação.

Conheça mais, em vídeo, sobre o AHMSM:

VOLUNTARIADO

Conforme a professora, o Executivo não consegue dar conta de todos os detalhes que envolvem a estrutura do AHMSM, como acontece em outras repartições públicas de maneira em geral. Desta forma, a Amarqhist é um sustentáculo que serve para auxiliar no desenvolvimento do Arquivo Histórico.

- Pensamos nos pesquisadores. Com a verba reunida pela associação, compramos ar-condicionado, mesas e cadeiras mais confortáveis, por exemplo - fala Clara.

A aposentada acrescenta que, desde os tempos de estudante, luta para que Santa Maria tenha um Arquivo Público Municipal que, conforme ela, deveria reunir não só os acervos permanentes, dos quais fazem parte os itens históricos, mas também documentos que fazem parte da tramitação interna da prefeitura.

Clara integra o grupo que, em janeiro de 2019, recolheu a documentação que pertencia à Cooperativa dos Funcionários da Viação Férrea:

- Fomos no prédio, em um dia de muito calor, e resgatamos esse documento riquíssimo, que tem as fichas dos funcionários associados e fotos antigas. Trouxemos para o arquivo. O montante de documentos está esperando para ser organizado, a fim de que o público tenha acesso para pesquisar.

Em prol da manutenção dos registros do passado, a integrante da Amarqhist desenvolve atividade semelhante também na Casa de Memória Edmundo Cardoso:

- Tinha algumas goteiras no subsolo na Casa de Memória. Então, com outros voluntários, quando chove, ajudamos a secar o local.

A diretora do AHMSM, Daniele Xavier Calil conta que, desde 2010, quando foi criada a Amarqhist, o local mudou bastante. O Arquivo Municipal foi criado em 22 de dezembro de 1958 e é registrado por lei municipal:

- Não conseguíramos viver sem a Amarqhist. Todos os equipamentos de ar-condicionado que temos foram comprados com recursos do caixa da associação.

O professor do curso de Música da UFSM Marco Antonio Penna está realizando um levantamento biográfico sobre o pianista Jean Sebastian Benda, que foi professor da antiga Faculdade de Belas Artes da universidade. Para isso, ele utiliza, há semanas, o arquivo de jornais do AHMSM:

- Aqui, há jornais de Porto Alegre também. Lendo-os, consigo ter uma ideia de como era a sociedade décadas atrás. Por meio deles, conhecemos como eram a política, a cultura, o esporte.

O professor diz que o atendimento oferecido pela equipe que trabalha no local é muito bom:

- O Poder Público tem que dar condições para que todas essas relíquias sejam mantidas. A cada dia, o Arquivo Histórico recebe mais material, que não só ser guardado, mas organizado e disponibilizado de forma acessível para a população. Com a Amarqhist, sei que muito já foi conquistado. Ter um espaço próprio para a pesquisa de jornais, por exemplo, é maravilhoso.

Para que as novas gerações conheçam suas origens, Clara seguirá na luta pela conservação da memória dos fatos, figuras e instituições de Santa Maria:

- Com o trabalho que desenvolvemos na Amarqhist, espero que as pessoas se conscientizem sobre a importância da preservação dos documentos históricos, não só em papel, mas igualmente no meio digital.

COMO SER UM INTEGRANTE DA AMARQHIST

  • Procurar a equipe Arquivo Histórico Municipal de Santa Maria (AHMSM) e solicitar a associação
  • Cada associado paga uma taxa anual de R$ 80
  • Informações - (55) 3222-8300
  • Endereço do AHMSM - Rua Appel, no Bairro Nossa Senhora de Fátima

*Colaborou Rafael Favero

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